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A GENTE SE ACOSTUMA
(2019 - 2024)

O espetáculo  “A gente se Acostuma” nasce dos diálogos, abraços, lágrimas e olhares dos/das  estudantes, que entre as aulas e produções compartilham suas  emoções e formas de agir no mundo. Nestas trocas humanizadas,   propus a leitura do texto  “ Eu sei, mas não devia” da escritora e jornalista Ítalo - Brasileira , Marina Colasanti. Uma fonte de inspiração para pensar e agir sobre,  o que a gente se acostuma, e não devíamos? Neste processo de questionamentos, fomos investigando os nossos diferentes modos de nos acostumarmos, também de desacosturmarmos, as nossas estratégias de sobrevivência, para vivermos juntas e juntos e ser o que somos, nossas possibilidades de viver.

Assim, nos arriscamos a dançar  temáticas delicadas como: o Preconceito, a solidão; a rotina do trabalho; a corrupção; a fome e miséria; o desespero; a busca constante por ter; a falta de tempo, as roupas que não somos, “poetizamos”  no corpo, os nossos modos de nos acostumarmos e ao observarmos essas experiências, descobrimos que podemos redirecionar essas forças, para  nos acostumar com a  vida de forma harmoniosa, com paciência, com a tolerância, com as diversas possibilidades de amar, com a roupas que escolhemos ser  e  nos ajudam a escrever nossas histórias. Essa obra é um convite  a sentir   a beleza que machuca, o  movimento  que faz sentir a própria vida!

 

 A gente se acostuma a dançar para melhorar o mundo.

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